trazias a face lavada de suor carregavas o semblante magico destilavas a frio o sabor amargo fingias com brincadeiras o real querias unicamente disfarcar a dor querias inocentemente calcar o tragico querias aparentemente estar ao largo querias desesperadamente não ser banal muitas foram as promessas que falhaste as mais que muitas e outras tantas talvez rios que secam árvores que secam olhos que já não choram estrelas que só brilham de dia tristes com as promessas que a noite faz o vento que sopra em silencio a agua do mar que recusa beijar as rochas do teu peito dorido pela amargura de ser sóbria e passas despercebida! mas não a mim! grito de raiva que sinto que jamais mudaras que serás sempre autocondenada sai da masmorra de pedra em que nos enclausuraste e vive vive vive sim tu és feita de vida rasga a cortina do tempo esta podre esta sujo e feito de raiva deixa o mar fazer as pazes contigo o vento voltar a gritar alto nos seus devaneios por favor faz com que as estrelas voltem a brilhar de noite e nesse dia eu vou falar com a lua e dizer-lhe o quão bonita tu estavas na noite em que te vi. |
manesflama |
domingo, 23 de agosto de 2009
pensando em ti
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
musa destruidora
musa destruidora! trazes no peito de prata um colar de pedras rubras não ouso tocar que mata as minhas mãos imundas dessa pedra que ostentas maior entre as demais todo amor alimentas com bailados orientais prende o olhar desconfiado de todos que passam por ti eu , cão esfomeado todos os livros já li não encontro explicação esse fogo arde em mim dedicarei uma canção sem principio nem fim cantaremos juntos sentados numa estrela de pó essa melodia aos mundos e não mais estarei só e se perto do fim estiver-mos consciência esmagadora cantarei mais alto os versos minha musa destruidora |
manesflama |
ate que fosse madrugada
ai quem me dera que tudo fosse diferente
que as gotas que escorrem da minha face
não fossem lágrimas mas sangue de gente
sou órfão das palavras que escrevo
sou o desastre que o destino tece
ai quem me dera não ter saído do cravo
que ainda alimenta a esperança
dos homens feitos soldado bravo
que arrasto desde tempo de criança
ai quem me dera aos serviçais do medo
uma morte rápida e indolor
num suspiro de alivio letal
que as mães do fogo pela manha cedo
festejassem o nascimento sem pudor
ai quem me dera que de forma liberal
os que fazem do ódio e repressão
a cantiga de alvorada
caíssem de maduros no chão
e sufocassem no próprio vomito
ai quem me dera depois de lavada a rua
e a liberdade agora libertada
pudesse andar por ela nua
ate que fosse madrugada
que as gotas que escorrem da minha face
não fossem lágrimas mas sangue de gente
sou órfão das palavras que escrevo
sou o desastre que o destino tece
ai quem me dera não ter saído do cravo
que ainda alimenta a esperança
dos homens feitos soldado bravo
que arrasto desde tempo de criança
ai quem me dera aos serviçais do medo
uma morte rápida e indolor
num suspiro de alivio letal
que as mães do fogo pela manha cedo
festejassem o nascimento sem pudor
ai quem me dera que de forma liberal
os que fazem do ódio e repressão
a cantiga de alvorada
caíssem de maduros no chão
e sufocassem no próprio vomito
ai quem me dera depois de lavada a rua
e a liberdade agora libertada
pudesse andar por ela nua
ate que fosse madrugada
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Confusão causada de dentro para fora
Manesflama
desce o pano!
com as mãos ainda tremulas
carregadas de ódio letal
suor a escorrer na face
lavo a cara tiro remelas
sangra no coração de metal
alivio o sofrimento
dou risota de palhaço
sou um homem de cimento
cão de palha no teu regaço
a faca de gume afiado
que transporta o meu pesar
delira com o massacre
alma podre ser excomungado
salve o serpente de veneno acre!
com olhar de pedra e luz de medo
levaste a minha alma de vencida
coroaste-me com o teu punhal
sangro em pedras e puro sal
eremita farsa que vivo banal
desce o pano!
colorido nu de preconceitos
agora jaz na nuvem densa
deseja de vir a ser palco
deste espectáculo final
Manesflama
terça-feira, 11 de agosto de 2009
aprendi a sonhar
aprendi a sonhar embalado pela tua voz os dias que passava ao teu lado serviram para escrever todos os verssos todos os poemas de inspiracao total era como se a tua voz fosse feita de luar com a tua boca talhada para tao delicada tarefa de olhos fechados e respiracao contida vejo a tua imagem a preto e branco com sombras tenues e recortes de fantasia sentes o que te digo e fazes-me sentir o que nao dizes e parece que sempre foi assim desde que te conheci parto a tua busca agora que me sinto so mas estou cego e muito canssado nao conssigo pensar tenho cuagulos de memoria que obstruem o raciocinio que de certo me faria ver que ja nao existes que ja te perdi e nunca mais vou voltar a sonhar |
manesflama |
domingo, 9 de agosto de 2009
ola ! diz-me quem tu es ?
ola ! sou eu quem te diz quem sou sou a palavra solta na boca de um passante sou o vento que sopra de leve e faz as arvores balancar e as rosas florir sou a musica desconcertante que se ouve de um instrumento distante sou a oracao pertinente de um oraculo intemporal sou a fome que faz vitimas do mundo e do dinheiro que mata cruel homens que nunca choram sou a briza de um verao escaldante sou o canto dos passaros nas manhas de maio sou as folhas tristes da tardes de outono sou uma criacao arquitetonica robusta e duradoura sou um plasma de ioes controverssos sou uma parteira que traz a vida outros seres do ventre de uma mulher que foi amada sou abelha que produz sem racio e inconsciente sou o fogo que queima as almas aos inconsequentes do amor sou o mar que rouba a agua aos rios e ao roubar dos pequenos faco-me grande sou a cura suprema para todos os males sou a face da criacao o riso cinico do juiz de morte sou uma monumental mentira o choro de todas as pedras em lagrimas de po sou um homem ! sou um homem ! sou um homem ...caramba! |
manesflama |
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