sexta-feira, 18 de maio de 2007

num amanhecer tardio

vivo numa casa de palhas .
armei o cerco a vida que tenho;
fragil, magica , encantadora!
embolorada de fetidas sombras ,
como livros que vao dizendo o
conto de fora para dentro.
das paredes escuras fechadas ;
por vezes sombrias, iluminadas, somente
pelo desvendar de sonhos inacabados ,
dos aventureiros da virtude!
e la estou eu a fitar as tabuas
como se tratasse de um tal misterio desvendado
que sai da luz das palavras que compoem o texto
do fertil amanhecer.
da pele queimada pelo abrasador sol que passa
de socalco entre os dedos das nuvens que olhamos distante,
bati com a mao no banco de madeira !
tao sujo e gasto em que me sentei
um dia de sol quente
e fiquei a espera de ti.