quinta-feira, 6 de novembro de 2008

a parar

serei falso?
se nao disser o que sinto!
impulso que me revolta
nao ser capaz nem por um momento
de fingir e brincar
sou um pulha que investe
na verdade absoluta
crianca que baralha cartas da vida
e mistura dor e paixao como uma puta
trabalhando sem parar,
neste lixo inacabado
fernezim sem precedente .
vejo homens a lutar para roubar o que e decente
passo tempos a olhar uma estrela que nao vejo
saltimbanco ,malabarista .
tabernaculo, fingidor .
mas a vida e sempre assim .
e paro!

paciencia


 
remeto ao desconhecido 
de dentro de um mar de pedra 
que enclausura abrupta a minha alma 
se e que ela existe ?
questiono aos deuses, que verdade os resguarda ?
porque bacas paredes se revestem ?
deixam-nos a nos mortais duvidas sem resposta 
castelos de fe ?
mais dura que a pedra mais dura 
sera que nas linhas do destino nao esta contemplado a reuniao com o presumivel criador ?
fora a reuniao maior do que a dor 
na fortificacao em que remetido esta 
o presumivel corre o risco da inesistencia 
e a nos resta ?
ter paciencia !

eu e os meus panos quentes

em conversa de amigo fiquei um pouco espantado
quando me disse quem era nem achei que poderia 
confessou-se Prometheu,ser um operario malfadado
acusado de ladrao,de boemio,de aprendiz de olaria.
ah ! mas nao esperam p'la demora !
disse em jeito de frustrado.
acalma-te bom amigo a vinganca nao te leva a nehum lado....
qualquer patrao reagiria desolado.
acabou por ser Athena a deusa e o pobre difamado.
mas de amor nao me acusam de nao ter!?
pois isso e verdade isso e verdade ....
e em converssa de amigo fiquei mais aliviado.

uma cancao

cinco moedas de ouro 
por ser ouro e tesouro
oico ecoar um estouro 
de uma cornada de touro!

arco de pua e tu 
finco o dente na almofada 
o estridente som alude assim
erramos nesta estrada 
ao encontro da eterna madrugada 
feita de chuva e sol alternados de poesia 
testa amachucada num chao de pedra fria 
e passados seculos de teimosa aberracao 
dou comigo a fingir poeta de coracao 
como cabra a bramir num desespero tal
que denota os sentimentos disfarcados de situacao
sou aquilo que quis ser nao encontro outra explicacao
mas que humilhacao nao poder ser diferente !
e ter de representar no palco da desilusao.
mas nao quero desistir e sempre que possa e me deixem !
como o operario sua !
eu cantarei uma cancao.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

over a troubled afternoon



I've passed a long long way
I've seen things time will say
troubled minds along the big river
the bitter skin of a rotten worm
the passionate flute that wiggles
notes of a wisdom lost in memory
all along the stars for me
infused with spells of love
will bring you up from the deep deep sea
the day i arrived as the legs shacked
from the long journey
to a troubled afternoon

domingo, 20 de abril de 2008

basta de palermices


de palermices basta
fora as encomendas
que nao sejam rendas
e de boa casta
algeroz de barro
e cantaro de palha
um belo carro
e um tanto de tralha
que nao falte caganeira
arroz doce com canela
dose certa de parvalheira
e arroz com carne na panela
casaquinho de trez botoes
com sapato a condizer
uma mao cheia de baroes
que se regalam ao comer
ah mas que delicia
que e ver tais comensais
aos que morrem de etricia
premeados de funerais
mas nao falta ferramenta
pois que trabalho dignifica
homem sem lavoura e tormenta
carne podre camera frigorifica
e por la ao abandono
triste sozinha amargurada
tem uma pessima vida
que amorte lhe chegue em abono
numa linda madrugada

de madrugada


andava descalco com os pes bem doloridos
pisava o chao quente das estradas de pedra
sentia a pedra mas nao os pes estranho
era lento demais para poder sentir o frio
confuso com tudo isto caminhava parei
e foi que avistei
nao sei bem descrever
nem sei se nao era alucinacao
mecanicamente talhada
imagem rustica era
suja e rota acho que era
ai que tormenta
estarei a ficar louco
mas que pergunta eh eh
solucei matei outro
nada que atormente
parei a porta daquela casa
fiquei la e por la
olhei de novo e
ainda la estava
que frio que frio
que frio

sexta-feira, 18 de abril de 2008

ao chegar a ser

deixa-te levar por uma sede de liberdade
deixa-me tomar um trago dessa vontade
deixa-te embeber dessa vaga de ansiedade
deixa-me pertencer ao sabor da verdade
e depois sorri
e depois danco
e depois afaga
e depois desmaio
vamos ser um campo cheio de terra por lavrar
vamos ser o espaco que todos querem conquistar
vamos ser uma estrela onde paramos para nos acariciarmos
vamos ser o oposto da razao o reflexo da existencia
somos o grito da rebeldia
somos zombies de dia
somos uma camcao de amor
somos tudo tudo tudo
quero ver suar as lagrimas
quero que o sol me beije
quero ver o amanhecer
quero ver chegar as andorinhas
tenho medo de ser tarde
tenho raiva de alcancar
tenho forca de mil homens
tenho sede de te ver

quarta-feira, 26 de março de 2008

ha uma estrela assim eu sei

foi assim desde que te vi
os desejos que tinha de ti
e fui sempre ao mesmo lugar
procurando puder-te encontrar

aos olhos doce de mel
que as estrelas agora reteem
peco incansavelmente assim
achando que eles me veem

nesta busca inpertinente
encontro-te so em sonhos
que acordado e tao somente
desejo ver tao doces olhos

que deles sorrindo fosses
sempre bela mas inocente
amando homens irreais
fantasiando brutalmente
ah!se tu pudesses?
olhar-me uma vez mais !

terça-feira, 18 de março de 2008

A MORTE

para quem nunca sentiu
o cheiro perfido da morte
ele abafa os sentidos
queima a vida
lenta e dolorosamente
e um cheiro a podre
uma presensa
sempre
putrefacta
rebenta em furiosas ulceras
rouba as veias
tapa a respiracao
e leva a vida de vencida
num apice
e o perfume de petalas de rosa
que inspira os poetas
desaparece
num apice
e dor e sofrimento que
ao aparecer acaba
com o sofrimento
provocado
por si mesmo
e um falso misterio
insipido
e tortura e martirio
nao teme nada e
sai sempre de vencida
e um cheiro maligno
por vezes conseguimos
engana-lo
ou
ignora-lo
mas nunca
nunca
jamais
o esquecemos

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

instinto

nao sou escritor erudito
nada do que escrevo e academico ou ensaiado
dou erros de ortografia e sou mal acentuado
sou de poucos recurssos monetarios
e para alguns ate sou maldito
escrevo e pronto
como nao sou das letras sabio
as palavras saeem soltas
como o suor dos operarios
de um poema faco um conto
de um soneto um arrepio
e nunca tenho rimas prontas
musicalidade nem sinal
que as silabas me perdoem
esta minha incapacidade
nao sou la grande coissa ja sabem
mas que nao o faco por mal
nem teria veleidade
sou um mero animal

domingo, 24 de fevereiro de 2008

a amizade

nao quero ser inventivo na descricao desta palavra
nao quero ser repetitivo no suposto sentir da mesma
somente me questiono das vezes em que e usada em vazio
dos altares que lhe sao feitos meras fantasias
nao ouso sequer pertencer a essas engenhosas coisas
multidimensionais que confundem baralham atrapalham
a mera distancia entre a vida e amorte
os opostos sempre juntos
o amor e odio
sinto cansaco sinto frio
sede e fome
calor e riso
a faca no peito afiada a romper a carne
e o sangue a correr
o corpo a cair
e tudo a comecar de novo
la detras das sombras onde a noite abraca o dia
e saimos encantados da mentira a que somos sujeitos
do que aceitamos e que pedimos por tudo que seja verdade
que o som dos meus gritos ecoe pelas veias dos vivos
e que o reflexo enalteca os mortos
e que nunca ninguem deixe de falar sobre a amizade

pedra perdida

na rua onde moro que e como outras iguais
parei interrompido por uma pedra que estava a chorar
e continuei
nao dei atencao pois achei eu que as pedras nao choram
as pessoas que passavam so passavam e passavam
uns fumavam outros converssavam outros traziam jornais
so para ter a ceteza decidi voltar
e voltei
parei interrompido por uma pedra das que perguntam
se eu achava que as pessoas eram todas iguais
nao dei atencao pois eu estava a procura de uma pedra que estava a chorar
e procurei
procurei
procurei
e nunca mais encontrei a pedra que achei que estava a chorar .

sábado, 9 de fevereiro de 2008

rosa branca

do compasso que descreve a vida
tres estorias vou contar
uma de uma rosa branca
outra menos triste
e uma que acabei de inventar

comeco pela menos triste
que decerto vai gostar
e que descreve coisas belas
sem intencao de encantar
uma mulher de sete pernas
foi parir de oito meses
deu a luz um belo homem
guerreiro forte e audaz
padeceu inocente lutando pela paz
passemos a rosa branca
que era do meu jardim
floresceu de madrugada
veio o dia e ficou vermelha
como pode a luz ser tao cruel
um sentimento descrevo agora
na estoria que inventei
copiando a engenharia das coisas
fiquei aterrado frio de gelo
que acho que nao e realidade
acordei de um pesadelo

fragil

sento-me na minha cadeira velha e leio
um belo poema de verssos transparentes
deixo-me levar ao som da melancolia
recordo dias em que tarbalhava ate tarde
a espera de alcancar algo que enaltecesse
a minha forma egoista de pensar
foi que me veio a memoria uma bela imagem
que nao ouso esquecer e que de certa forma
retrata o que de inexplicavel pode acontecer
era ja tarde e teimava em continuar a ler
e a fazer de conta que a sua presenca era singular
que bastariam devaneios breves e tudo seria diferente
que engano
descia as escadas de forma suave
pernas tremulas e esguias
um busto imponente de formas bem defenidas
pousava as maos de uma pele doce e fragil
no parapeito que dividia as escadas de uma varanda
e la descanssava e partia suave
era asiim o principio de mais um fastidioso dia
saber o que possa fazer de certo so me atrevo a adivinhar
a realidade supostamente nao me agradaria
o dever de encontrar respostas brutais que desmascarassem o seu dia
e era como quem nao ve
voltava do seu encontro com a fragilidade adormecida
serviria de esquizofrenia a sua disputa da vida
e avancava
fiquei a admirar a forma ligeira dos seus passos
sem dar importancia ao peso que a sua consciencia transportava
e ia todos os dias ver e nunca cheguei a perceber
porque deste desencontro forcado desta desmarcacao
e ainda pensso que deve ainda hoje ser a mesma .

domingo, 20 de janeiro de 2008

e tu...

depois de la estar e que senti
senti o amargo de poder partir
voei com asas de prata e luzes vagas
na vileza do maio nunca alcancado
uma madrugada adocicada ao consciente
roubada a infamia do que eu fora
e as ruas me diriam sempre em voz unissona
a minha passagem breve e melancolica
que eu assumira uma fortaleza a qual elas nao percebiam
e tu ,e eu , nos limitar-nos-iamos a fragilidade
conversei com as sombras da noite que nao se aperceberam
e eu , e tu
furei a camadas de vento que de dor queixando iam
serenas ,procurando ,dsabafando,sentindo
e eu ,e tu.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

nao posso parar de olhar para esse teu vestido
nao posso parar de te pensar de tao formal dia
nao era de estranhar que suave ingenuo pedido
nao foi a lagrima molhada e luz reflectia
o contorno fatal misto cego vermelho
o desconforto de sonambulo escuro asco
maldicencia escocear do vento de novas iras
pois o tempo nao se guarde em frascos
nem o odio se corte as tiras
dancem o festivais da demencia
lutem de redes e arpoes forca aos pescocos traidores
e eu volto e digo bem alto
nao posso parar de olhar para esse teu vestdo.