domingo, 20 de janeiro de 2008

e tu...

depois de la estar e que senti
senti o amargo de poder partir
voei com asas de prata e luzes vagas
na vileza do maio nunca alcancado
uma madrugada adocicada ao consciente
roubada a infamia do que eu fora
e as ruas me diriam sempre em voz unissona
a minha passagem breve e melancolica
que eu assumira uma fortaleza a qual elas nao percebiam
e tu ,e eu , nos limitar-nos-iamos a fragilidade
conversei com as sombras da noite que nao se aperceberam
e eu , e tu
furei a camadas de vento que de dor queixando iam
serenas ,procurando ,dsabafando,sentindo
e eu ,e tu.

1 comentário:

Anónimo disse...

...mas aqui? Aqui não é amargo o sabor e fica-se todo o tempo. E é aqui que te digo que a patine dos anos vai enriquecendo as palavras, a ponto de as querermos reter, de as querermos levar, a ponto (perdoa, não é inveja, não) de se ter vontade de dizer: eu podia ter escrito isto!

Parabéns por mais um ano, José Manuel, e, que venham mais para que continues a enriquecer este e outros espaços com palavras, sentimentos únicos!
Realço:
conversei com as sombras da noite que não se aperceberam
e eu, e tu
furei as camadas de vento que de dor deixando iam
serenas,
procurando, desabafando, sentindo
e eu, e tu.


Parabéns, Poeta!

Beijo,
Cris