segunda-feira, 17 de maio de 2010

Desculpem qualquer coisinha

desculpem qualquer coisinha
audaciosos e ilustres senhores
que escrevem de forma tão fofinha
sobre a vida e seus amores

desculpem a minha teimosia
de falar-vos de forma frontal
das coisas que descrevem
uma existência nojenta e banal

porque fogem com a ladainha
do amor e alma em sofrimento
desculpem qualquer coisinha
morrem homens neste momento

sem causar muito alarido
gostaria de salientar
o homem foi mal parido
esta na hora de consertar

nunca parem de escrever
mas tenham muita atenção
amor podre e alma fútil
aguas podres da educação

desculpem qualquer coisinha
é que ao silencio não me retiro
fazer barulho é coisa minha
porque não sou um vampiro!







manesflama (jose neves)

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